"Prevenção e sustentabilidade devem caminhar juntos"
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A prevenção deveria ser um elemento fundamental para as empresas que desejam se adequar ao modelo sustentável. O professor do programa de pós-graduação em gestão ambiental da FAAP (Fundação Armando Alvares Penteado), Eli Politi, defendeu a ideia Na última sexta-feira, 19 de novembro, durante a primeira edição da Feira do Empreendedor, promovida pelo Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo) de 17 a 20 de novembro em São Paulo. "No meio ambiente, assim como na área de saúde, é mais barato e menos doloroso prevenir do que remediar. Até porque não se sabe ao certo se haverá conserto", exemplificou ele.
Segundo Politi, ainda que não exista uma produção 100% limpa, já que toda atividade humana geraria resíduos, o mais correto seria tomar medidas para que ela seja mais limpa. O professor destaca que esse tipo de comportamento influencia muito na vida de uma empresa. "Uma companhia que adota a sustentabilidade tem uma melhor imagem a seus consumidores, ganha acesso a juros menores e diminui os custos com o próprio descarte de resíduos", afirmou ele.
O professor alertou para o dado que a cidade de São Paulo produz por dia 18 toneladas de lixo, 40% deste total com possibilidade de ser reciclado. "Esse fenômeno não é só desse estado, o Brasil desperdiça 10% do PIB com lixo e isso poderia ser evitado com a reciclagem", alertou ele. Na opinião Politi, esse método faz com que as empresas se tornem mais econômicas, graças à diminuição de custos de processo e produção e com isso pode repassar valores mais baixos para seus consumidores.
O conselho de Politi para os pequenos e micro empreendedores presentes no evento foi utilizar a gestão integrada. "As empresas não devem pensar na sustentabilidade como algo isolado. É preciso gerir qualidade, meio ambiente, responsabilidade social, saúde e segurança. Com essa conscientização, as empresas poderão se desenvolver e atender às demandas sem comprometer os ecossistemas existentes", destacou ele.
O professor ainda remontou o panorama a partir da época em que a atual ordem mundial surgiu e acentuou a desigualdade social e a devastação do meio ambiente. De acordo com ele, hoje em dia os empresários se sentem mais preocupados em colaborar com esses temas. "As empresas já viram que é importante para a imagem e para os negócios uma preocupação completa com o desenvolvimento social e a tendência é que esse modelo de negócio continue", disse ele.
FONTE: UNIVERSIA