Empreendedorismo na advocacia e no Direito
Inadmissível que nossa profissão (advocacia e direito) não adote politicas no sentido de estimular a prática de empreendedorismo. Faz-se necessário dentro de uma lógica imposta pelo mundo global profissional, buscar novas oportunidades de negócios, bem como a captação dos recursos aptos a financiar projetos, alcançando tais objetivos.
O empreendedor tem um novo olhar sobre o mercado e o mundo, aplica novos conhecimentos nos projetos desenvolvidos. O processo judicial eletrônico pode ser considerado uma ideia empreendedora. A urna eletrônica também, tão difundida como meio de celeridade no processo eleitoral brasileiro. Se tais práticas fazem parte da realidade profissional dos operadores do direito, por que a advocacia não estimula o empreendedorismo no dia a dia profissional?
Exercemos uma profissão que está engessada de propósito, presa a dogmas não condizentes com a realidade global. Outras profissões estimulam a prática de empreendedorismo nos bancos acadêmicos. O estudante de direito é obrigado a repetir formulas ultrapassadas, direcionando sua formação para os concursos públicos e para aprovação no Exame da OAB.
Seria interessante a OAB autorizar o exercício empresarial e econômico da advocacia (intuito de lucro), estimulando os profissionais a apresentar projetos, como exemplo, uma empresa especializada em acordos extrajudiciais prestadora de serviços para o Poder Judiciário. Essa empresa teria como missão, reduzir as demandas ajuizadas, melhorando a celeridade da justiça e o andamento dos processos.
Essas ideias são um exemplo de empreendedorismo que poderiam ser aplicadas em prol da população. O plano jurídico, semelhante ao plano de saúde seria interessante, observando sempre a valorização profissional, as condições de trabalho e a qualidade do serviço. O plano jurídico foi mais uma ideia boa ceifada pela OAB sob o discurso de que a advocacia não pode ter caráter mercantilista e atividade de comércio. Outro ponto interessante seria abrir uma franquia de Gestão de Escritórios e de Riscos Jurídicos, atuando especificamente na advocacia. Quem nos apoiará?
Tenho muitas ideias. Ideias que não podem ser colocadas em prática, por enquanto, em virtude do nosso Estatuto da OAB tão ultrapassado que sufoca cada vez mais o surgimento de empreendedores na advocacia.